Muitas pessoas estão se sentindo envergonhadas pelas dezenas,
ou talvez chegue a centenas, de micos que Bolsonaro esboça nos seus discursos,
porém as falas desavergonhadas do atual ocupante da cadeira da presidência não fazem
o Brasil passar vergonha, faz sim que uma grande parte da direita internacional
se coloque na defensiva.
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Bolsonaro e seus asseclas na sua ignorância e inabilidade de
construir um discurso aparentemente civilizado que justifique os horrores que
são cometidos por todos os países imperialistas, que interferem diretamente na
política do resto do mundo, depondo governantes que não seguem as suas vontades
e colocando no seu lugar verdadeiros monstros, são os maiores alvos dos
horrores que Bolsonaro sempre disse e continua dizendo.
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Prender, torturar e matar opositores políticos é uma tônica
da história que começa com o colonialismo para evoluir para os Estados
dependentes dos dias atuais. Tivemos, por exemplo. o ditador sanguinário e
ladrão Pinochet, também tivemos outro ditador com características como a Pinochet
mas ainda com a violência da pedofilia com assassinato do Strossner, exemplos
que se multiplicam ao longo da Terra, porém como Pinochet era mais dissimulado
e somente após sua morte se descobriu que era um grande ladrão, a justificativa
ideológica de combater a esquerda justificava a morte dos opositores e escondia
mal e porcamente as torturas nos mesmos opositores.
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Todos estes crimes eram e ainda são encobertos pelos países
imperiais, porém certamente todos dos “dignitários” destes países sabiam e nem
ficavam vermelhos de vergonha em apoiar estes verdadeiros não representantes da
humanidade.
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Bolsonaro diz claramente que apoia a tortura, que os seus
opositores deveriam ser mortos sem julgamento, que os índios não merecem suas
terras, que a população que estiver por acaso a frente de um tiro de um
policial é culpada por estar naquele espaço físico na hora errada, mesmo que
sejam crianças, e daí por diante.
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O atual ocupante do cargo de presidente não esconde a sua
aprovação de nenhuma das ações que sempre foram feitas e que após o iluminismo
ficou meio chato e inconveniente defender tais ideias, em resumo, por mais
horrível que possa parecer, o que não podemos acusar Bolsonaro é de
dissimulação e não dizer o que ele pensa.
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Vamos lembrar um elegante assassino genocida que ainda tem
estátuas em seu país, o Rei Leopoldo II da Bélgica. Durante a Conferência de
Berlin de 1885, habilmente este facínora consegue que uma parte imensa e
riquíssima da África passe a seu domínio pessoal (não do Belgas, mas do rei) e
de 1885 à 1908 ele cria o chamado “Estado Independente do Congo”, que mais
propriamente poderia ser chamado “Estado “demonicida” do Rei Leopoldo II da
Bélgica”. Poucas pessoas sabem deste Estado, mas só para resumir, durante o
governo do Rei Leopoldo 1/3 da população do Congo morreu (aproximadamente 10
milhões de pessoas), fora os milhares de mutilados que tinham suas mãos e/ou
pés cortados quando não produziam borracha suficiente para seus senhores
brancos.
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Dezenas de historiadores Belgas defendem seu rei, dizendo
que o mesmo nem sabia dos crimes que eram cometidos em seu nome, porém também
dezenas de missionários, embaixadores, jornalistas relataram atrocidades que
até colonialistas ingleses achavam incompatíveis com a exploração racional da
riqueza de um país, nomes famosos da literatura como Mark Twain e Arthur Conan
Doyle chegaram a escrever livros denunciando os crimes do Rei Leopoldo, porém até a sua morte em 1909 o Rei fez a famosa cara de paisagem e ignorou as
dez milhões de mortes que serviram para o seu enriquecimento pessoal.
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Poderia falar sobre o show de horrores que aconteceu e ainda
acontece na história da humanidade nos últimos 150 anos, que provariam o cinismo
e dissimulação de personagens e governos sobre os milhões de mortes, seções de
tortura e mutilações que foram feitos contra os mais fracos (poderia incluir as
esterilizações em massa promovidas em pleno século XX pelas famosas e
decantadas democracias nórdicas.
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Qual a diferença de Bolsonaro para Leopoldo II da Bélgica, só
uma, um deseja e permite a morte e fala claramente de seus desejos, por mais
sujos que sejam e outro escondeu atrás de um faixada de nobreza os crimes que
cometeram em seu nome e a seu mando.
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No fundo poderíamos dizer, numa linguagem bem bolsonariana,
que Bolsonaro é como os cães, quando faz suas necessidades não pensa em
encobri-las, já os “dignitários” do Império são como os gatos, fazem as mesmas
necessidades, mas procuram escondê-las jogando terra em cima.
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